terça-feira, 16 de agosto de 2011


Crise na Europa, 11 de setembro e corrupção no governo Dilma...
A Europa e particularmente a Inglaterra estão passando por problemas sociais sérios há um bom tempo. Imagens de carros pegando fogo, pessoas depredando lojas e atirando paus e pedras contra policiais não é novidade. O que também não é novidade é tipo de pessoa presente nas manifestações. Atos de violência que ocorreram na França há um pouco mais de tempo, foram protagonizados por negros e asiáticos descendentes daqueles que em outras épocas para lá migraram forçadamente. Diogo Mainardi, colunista de uma revista semanal no Brasil disse no programa Manhattan Connection que não passam de “vagabundos”, que se tivessem um emprego oferecido fugiriam mais do que da polícia. É muito fácil dizer isso quando se mora em Veneza, está com os bolsos cheios de dinheiro e se é branco. Por que sendo pobre, negro ou asiático, em um continente de maioria branca, onde o nazifascismo é uma realidade, e que assim como no Brasil, possuem favelas (melhores que as nossas) em que a maioria dos habitantes está desempregada e é negra, acredito que o senhor jornalista pensaria diferente.
Às vezes me assusto com as posições dos formadores de opinião da direita. Insultam minha inteligência com idéias toscas, acreditando estar falando para bestas. Tenho certeza que são atores e não jornalistas, que ao saírem do ar deixam de lado um personagem tirano ao tirarem suas mascaras de vampiros...
É sabido que a objetividade da notícia nunca é imparcial.  Segundo Marialva Barbosa está é uma falácia. A mesma diz que “ao selecionar, hierarquizar e priorizar a informação, dentro de critérios subjetivos ligados a interesses nem sempre condizentes com os de seus leitores, o que o jornalismo está fazendo é uma reconstrução do presente”. No caso de determinados jornalistas, estes pretendem reconstruir “realidades irreais” escondendo fatos e mesmo mentindo. Infelizmente este é o caso de muitos de nossos jornalistas. Marcondes Filho completa dizendo que “nem sempre um conglomerado jornalístico fala sozinho. Ele é ao mesmo tempo a voz de outros conglomerados econômicos ou grupos políticos que querem dar ás suas opiniões subjetivas e particularistas o foro de objetividade.
Caso interessante é o de uma propaganda político partidária que está sendo veiculada nos últimos dias na TV, em que um jovem de periferia diz:” só por que sou pobre, acham que tenho de ser de esquerda”. Mas isso não é verdade. Eu posso ser de direita, ou algo parecido com isto. Veja se ai um claro caso de manipulação e de uma opinião de um grupo social que quer dar a esta opinião um sentido de objetividade. Em um país em que a maioria das pessoas não se lembra em que votou para senador ( por exemplo), quem é que sabe o que é direita ou esquerda em se tratando de política?
É claro que o pobre pode ser da direita. Claro que pode e deve ficar ao lado dos ricos e poderosos. Ao lado dos fazendeiros e latifundiários. Participar de banquetes e concorrer a cargos eletivos neste país amplamente democrático. Claro que o pobre deve estar dentro do partido que defende os interesses dos ricos. Quem sabe assim, os ricos não defendam também seus interesses...
O medo do terror
Mudando de assunto, surge a pergunta: Quem está com medo do terror? Os norte americanos é a resposta correta. Entre estes, 8 de cada 10 acreditam que logo sofrerão outro atentado terrorista, e provavelmente islâmico. Pelo menos é isto o que diz a revista americana Time em artigo recente. Estamos muito próximo dos 10 anos dos ocorridos em 11 de setembro em Nova York. Se levarmos em conta os acontecimentos globais, eles estão certos; veja-se o caso da Noruega e seu terrorista cristão.
Este dado de medo é uma prova de como a política ideológica americana do terror realmente funciona. Joga-se a culpa dos problemas para outras pessoas, para outros lugares. Para outros terroristas. Nos Estados Unidos pelo menos 20 milhões de pessoas vivem na miséria e morrem por conta disto. Seus bancos estão quebrando por conta de farras administrativas dos banqueiros de Wall Street, e para aplacar a crise financeira se usa o dinheiro público e notícias fantasiosas de terrorismo mundo afora para que as pessoas tenham mais problemas para se pensar, que não seja apenas como está sendo gasto o dinheiro americano. Dizem que pimenta nos olhos dos outros é refresco. Este ditado cabe perfeitamente para a política externa norte americana. Bombardeio no Líbano, no Afeganistão, no Iraque, na Coréia, no Panamá, Honduras, Chile e Brasil (isso mesmo) podem, mas lá...
 Voltando nossos olhos para a terra tupiniquim, a lei de diretrizes orçamentárias para o ano de 2012 foi aprovada pela presidenta Dilma com 32 vetos. Um dos principais pontos é o corte de gastos por conta das crises econômicas que tem se alastrado pelo mundo. O Brasil é um país que costuma esbanjar dinheiro. O momento atual é de arrocho de contas e do jeito que nossos políticos agem...
Tomara que cortem os gastos nas estradas e nos bolsos dos que administram este dinheiro no ministério dos transportes...
Senadores têm mostrado apoio à presidenta Dilma, e acabaram por lançar uma frente contra a corrupção e a impunidade... Dizem estar satisfeitos com as demissões feitas pelo governo e aguardam a liberação de determinadas emendas e recursos financeiros para novos posicionamentos(?)... Das mais de trinta pessoas presas por corrupção no governo Dilma em vários setores, todos já estão soltos. E até agora ninguém fala em devolução de dinheiro. A presidenta prega combate ao crime organizado, mas sem excessos. Mas será que um de nossos problemas não seriam a falta de excessos?
E quando se fala em combate ao crime organizado, veja-se o caso da juíza Patrícia Acioli assassinada semana passada. Ela havia prendido dezenas de policiais no Rio de Janeiro. Tinha uma postura séria e dura contra o crime organizado e atuava com vigor. Será que a mesma confundiu vigor com excessos, e seria disto que a presidenta estaria falando?
O ministro Sérgio Passos esteve hoje prestando declarações a respeito das possíveis irregularidades no ministério dos transportes. Segundo o mesmo não há irregularidades em seu ministério, e não há nenhuma necessidade de se instaurar CPI, nem lá e nem em nenhum ministério (?). Quer dizer, não há nada de errado e nem um ato de corrupção na política brasileira! De certa forma, concordo com o mesmo. Preferia uma investigação da polícia federal, que afinal tem se mostrado muito mais competente em matéria de averiguação de irregularidades neste país. CPIs geralmente tem terminado em pizzas.   O ministro teve de explicar de onde saíram 16 bilhões de reais em obras que não constavam da lei de diretrizes e bases e nem do orçamento da união, e que só foram feitas no período de eleições. De onde saiu esse dinheiro? E para onde foi o mesmo?  Em um país carente de estrutura em todas as áreas, cheio de pobreza, com aposentados ganhando 545.00 reais por mês, como acreditar que não irregularidades? Vendo o estado de boa parte das estradas brasileiras, e sabendo que aumentos mais elevados para os aposentados foram vetados por que está se gastando demais em obras em estradas públicas, como acreditar que está tudo correndo dentro da mais perfeita regularidade?   
Aguardemos o desenrolar dos casos de corrupção no governo, do assassinato da juíza, e dos bombardeios da OTAN na Líbia, que também podem ser chamados de terroristas, pois afinal, não faltam escolas com crianças sendo bombardeadas...

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