terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Uma tragédia anunciada...

Tristeza, desolação, vazio, perplexidade, dor. Estas são algumas das palavras que podem descrever o que milhares de pessoas estão passando neste momento devido as chuvas em nosso país. A tragédia anunciada que toma conta de nossos telejornais, e que nos faz perguntar quantas mais ainda irão ocorrer, irá deixar marcas eternas na vida daquelas pessoas e daqueles municípios. A parte mais revoltante da estória, é que sabemos que algo poderia ter sido feito. Segundo o secretário do governador Sérgio Cabral, Carlos Minc, as autoridades da cidade de Nova Friburgo receberam as informações de que ocorreriam chuvas com nível muito elevado com seis dias de antecedência. Há que se perguntar o que fora tomado de providência para ao menos amenizar tal tragédia?
Os cálculos prematuros já apontam para mais de três bilhões de prejuízos. Segundo especialistas, o custo com prevenção chega a ser sete vezes menor que este valor. Investimentos em equipamentos que poderiam monitorar a cabeceira dos rios avisando da intensidade e aumento do nível com alguma antecedência, sistemas de monitoramento via satélite, somado a um plano de contingência, aliado a não negligência do poder público teriam reduzido drasticamente as conseqüências.
 Na região serrana, não se levando em conta a negligência do poder público, a falta de um plano de contingência teve impacto preponderante no número de mortos.   As autoridades que segundo Carlos Minc receberam a informação, não sabiam o que fazer com ela (neste caso isso também é negligência). O caso é idêntico ao ocorrido na Ásia com os tsunamis que mataram mais de 200 mil pessoas recentemente. As autoridades também foram avisadas do que estava por ocorrer, mas, não tinham a menor ideia do que fazer com ela. Possivelmente não acreditaram que seria algo tão devastador.
A questão é: o que nossas autoridades estão fazendo para evitar tais tragédias? Um ano se passou da tragédia do morro do bumba no Rio de Janeiro e mesmo assim ainda existem pessoas morando naquela área de risco.
O que será feito daqui a um ano com as outras áreas de risco? Pergunto isso não em relação às medidas tomadas pelo estado, mas pela natureza. Quem serão os próximos a chorarem a morte de seus filhos?

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