quarta-feira, 5 de setembro de 2012


                             O Brasil e a independência...

 

A independência do Brasil resultou de um processo iniciado, principalmente, a partir do ano de 1808, data da chegada da família real portuguesa ao Brasil.

 

            A transferência da corte portuguesa vai trazer inúmeras mudanças para nosso país devido a instalação de todo um aparelho burocrático necessário para se governar um Império,já que a sede do império ultramarino Português passa a ser o Rio de Janeiro e não mais Lisboa. Bancos, Universidades, urbanização, polícias entre outras medidas colaboraram para mudar de vez a cara de nosso país. Uma das primeiras medidas, e talvez a de maior impacto tenha sido a abertura dos portos as nações amigas. Com este ato Dom João faz com que se amplie em muito o comercio brasileiro com vários outros países, mas principalmente a Inglaterra. Essas e outras transformações iram tornar a separação inevitável. A independência foi de certa forma produto de um conflito entre portugueses, desencadeada na revolução liberal do Porto de 1820 e cuja motivação teriam sido os ressentimentos acumulados na antiga metrópole pelas decisões favoráveis ao Brasil adotadas por Dom João VI. Outro fator preponderante para que as províncias se mantivessem unidas em torno da coroa e de Dom Pedro I foi a constante ameaça de rebeliões escravas, tendo em vista que a revolta de escravos no Haiti ocorrera a poucos anos e que deixara muitos senhores amedrontados em várias partes da América, e no caso do Brasil, com uma população superior de negros em relação a brancos, o medo era muito constante. Pressionado pelo triunfo da revolução constitucionalista, D. João VI retornou com a família real para Portugal, deixando como príncipe regente no Brasil o seu primogênito, D. Pedro de Alcântara.

A situação do Brasil permaneceu indefinida durante o ano de 1821. Em 9 de dezembro, chegaram ao Rio de Janeiro os decretos das Cortes que determinavam a abolição da Regência e o imediato retorno de D. Pedro de Alcântara a Portugal, a obediência das províncias a Lisboa (e não mais ao Rio de Janeiro), a extinção dos tribunais do Rio de Janeiro. O Príncipe Regente começou a fazer os preparativos para o seu regresso, mas estava instaurada uma enorme inquietação. O partido brasileiro ficou alarmado com a recolonização e com a possibilidade de uma explosão revolucionária. A nova conjuntura favoreceu a polarização: de um lado o partido português e do outro, o partido brasileiro com os liberais radicais, que passaram a agir pela independência
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Sondado, o Príncipe Regente mostrou-se receptivo. Foram então enviados emissários às províncias de Minas Gerais e de São Paulo para obter a adesão à causa emancipacionista, com resultados positivos.

A decisão do príncipe de desafiar as Cortes decorreu de um amplo movimento, no qual se destacou José Bonifácio. Membro do governo provisório de São Paulo, escrevera em 24 de dezembro de 1821 uma carta a D. Pedro, na qual criticava a decisão das Cortes de Lisboa e chamava a atenção para o papel reservado ao Príncipe na crise. D. Pedro divulgou a carta, publicada na Gazeta do Rio de Janeiro de 8 de janeiro de 1822 com grande repercussão. Dez dias depois, chegou ao Rio uma comitiva paulista, integrada pelo próprio José Bonifácio, para entregar ao Príncipe a representação paulista. No mesmo dia, D. Pedro nomeou José Bonifácio ministro do Reino e dos Estrangeiros, cargo de forte significado simbólico: pela primeira vez na História o cargo era ocupado por um brasileiro.

No Rio de Janeiro também havia sido elaborada uma representação (com coleta de assinaturas) em que se pedia a permanência de D. Pedro de Alcântara no Brasil. O documento foi entregue ao Príncipe a 9 de janeiro de 1822 pelo Senado da Câmara do Rio de Janeiro. Em resposta, o Príncipe Regente decidiu desobedecer às ordens das Cortes e permanecer no Brasil, pronunciando a célebre frase "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico!". O episódio tornou-se conhecido como "Dia do Fico".
A respeito do grito do Ypiranga, muitos Historiadores concordam que não aconteceu da forma como vem sendo contada pelos livros didáticos. A bela pintura do pintor de Pedro Américo, em que D. Pedro I se encontra altivo em seu belo cavalo e cercado pelos dragões da Indepedência estaria longe do real acontecido. Provavelmente D. João estava montado em um burro, vestido com roupas comuns, e á época de 1822 os Dragões da Indepência ainda não existiam. O quadro foi um pedido do filho de Pedro I, Pedro II para homenagear o pai e deixar gravado na memória de todos os brasileiros a data histórica para nosso país

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